sexta-feira, 9 de julho de 2010

Uma carta para ti...


Às vezes as palavras não consomem o tanto que sinto, de modo a poderem dizer, na verdade, o que realmente quero. Por isso hoje não te direi nada. Vou ficar calado à espera que me fales tu. Talvez tu, hoje, tenhas as palavras certas e saibas o que me dizer. Talvez tu saibas em que lugar se escondeu a nossa proximidade, que agora deu lugar a esta distância abismal, fazendo-me sentir como um estranho para ti. As minhas palavras hoje não sentem mais nada... apenas a tristeza do nosso voltar de costas...

Já não sonhamos com as mesmas viagens, já não ouvimos a mesma música, já não estamos cá um para o outro... Já não falamos, já não rimos, já não sorrimos! Já não me desejas Boa noite, já não acordo à espera do teu Bom dia. Já não espero que o telemóvel toque... E pensar que um dia já estivemos tão perto!

Quando foi mesmo que o encanto se partiu? Não encontro no chão os seus cacos... Era bem capaz de os juntar todos e tentar reconstruir tudo de novo! Mas não! NÃO! Não seria a mesma coisa... As marcas de uma queda estariam sempre presentes. Tudo seria mais frágil. De certeza que na próxima queda já não restaria nada para colar. Mas esquece... não encontro os cacos nem mesmo sei o que se partiu...

Quando foi mesmo que partiste?
Foi ontem e já me esqueci...

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